O Brasil acompanha com apreensão o que pode ser considerado um dos capítulos mais dramáticos da história recente do país. A situação do General Augusto Heleno acaba de atingir um nível crítico. A defesa do ex-ministro precisou agir rápido para evitar que um equívoco burocrático custe a vida do militar dentro da prisão.
Em um movimento tenso, os advogados informaram ao Supremo Tribunal Federal (STF) que o diagnóstico de Alzheimer do General ocorreu no início deste ano, e não em 2018, como constava erroneamente em laudos anteriores.
Por que isso é gravíssimo? Porque o ministro Alexandre de Moraes exigiu explicações detalhadas e laudos retroativos. O objetivo parece claro para muitos analistas: encontrar qualquer brecha para manter o General, de 78 anos e saúde debilitada, atrás das grades.
A defesa foi enfática ao rebater as indagações do STF: Heleno não tinha o que informar à Presidência anos atrás, pois a doença se manifestou de forma clínica e agressiva agora. O estado de saúde do herói nacional é delicado e inspira cuidados urgentes.
O que causa a maior indignação na base conservadora é que até a Procuradoria-Geral da República (PGR) já se manifestou a favor da prisão domiciliar humanitária. Mesmo assim, a decisão não sai.
Enquanto a burocracia de Brasília debate datas e papéis, um senhor de quase 80 anos, com uma doença neurodegenerativa, continua submetido ao rigor do cárcere. A pergunta que não quer calar: estão esperando o pior acontecer para agir? O relógio está correndo contra o General Heleno.
